quarta-feira, janeiro 18, 2006

Portugal português

Ora aqui está uma história insólita:

Um industrial têxtil do Vale do Ave é suspeito de ter passado por 97 vezes em portagens de auto-estrada sem pagar, recorrendo a matrículas falsas colocadas num jipe Mercedes e numa carrinha Citroën Jumper.
As contas – que totalizam mais de 800 euros – estavam a ser enviadas para o proprietário de uma Berlingo, em Arcos de Valdevez.

Ontem – dia em que completou 47 anos de idade –, o suspeito foi surpreendido às 07h00, em casa, por uma equipa do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Arcos de Valdevez que lhe bateu à porta da residência, na cidade de Guimarães, com um mandado de busca que incluía a vistoria a uma propriedade em Riba d’Ave.A GNR apreendeu o jipe, a carrinha e um reboque que habitualmente usava para transportar duas motos (uma Harley Davidson e uma KTM). Foram também apreendidas as matrículas falsas (que diferiam apenas num número em relação à matrícula verdadeira do Mercedes ML 270 CDI) e um reflector usado na traseira no veículo para incandescer a máquina fotográfica da Via Verde, sempre que disparava o flash.

O esquema estava a ser usado desde 9 de Julho de 2004, data da primeira infracção notificada pela Brisa ao proprietário da Berlingo, a que correspondia a matrícula falsa colocada nos veículos do industrial. A mais recente infracção já notificada aconteceu a 30 de Outubro de 2005. Neste período de cerca de 15 meses, as multas ascendem a mais de 800 euros, correspondentes a passagens pela Via Verde em diversas zonas do País, desde Braga a Lisboa e Porto.
O proprietário da Berlingo, residente na freguesia de Guilhavezes, no concelho dos Arcos de Valdevez, teme, no entanto, que o volume de multas venha a aumentar, já que as notificações são enviadas com atrasos de diversos meses em relação à data da infracção.O facto de “raramente” usar a auto-estrada levou a contestar todas as notificações. Só depois de ver recusados os protestos apresentados na Brisa, o visado decidiu avançar com uma queixa junto do Ministério Público. Após mais de três meses de investigação e uma apurada análise das fotografias registadas nas passagens pela Via Verde, o NIC da GNR de Arcos resolveu o caso.
Mario Fonte, Braga

In Correio da Manhã

Aqui está o caso típico do português que tenta ser mais esperto do que os outros... Lixou-se!