quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Reflexão...

"A língua portuguesa, ao contrário do que é hábito dizer-se, não é traiçoeira. É rigorosa. Quem a atraiçoa somos nós, que confundimos significados, sinónimos, metáforas, e usamos indiscriminadamente as palavras, como se fossem todas iguais. Não são."

in "Subir a Montanha e ficar lá", DN

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

O mundo actual...

Acabo de ler o artigo de opinião do Prof. João César das Neves no DN. Só o título basta para termos a perfeita noção sobre o seu conteúdo, "O tempo em que o mundo ficou muito perigoso".
A última novidade, a entrar no "menú" de insegurança, intolerância, extremismos e fanatismo que tem sido o cardápio do mundo ultimamente, foi os cartoons de Maomé.
Ao que as coisas chegaram, onde basta um cartoon para provocar a fúria em massa, incêndiar de embaixadas, manisfestações e promessas de morte... Para onde é que foi parar a tolerância que nasceu com o fim de 2º Guerra Mundial?
As coisas estão a tomar um caminho imprevisível... Os Estados Unidos da América a querer dominar o mundo, o Irão a quer dotar-se da bomba nuclear...
A ideia que tenho é que toda a zona do Médio Oriente é um enorme barril de pólvora prestes a explodir, tal é a intensidade doentia e extremista com que são vidas as coisas. Têm-se a perfeita noção que a grande maioria, cega e acéfala, é levada por uma minoria, a cometer actos que vão contra aquilo que eles proprios defendem... É assim, é este o estado a que chegamos. É este o ponto que fará a diferença em relação ao futuro do mundo daqui a 20 ou 30 anos.
Estaremos a colher flores ou despojos de guerra?...

Ao amor basta o amor...

"De todos os dias enamorados que passam, em que uns são sempre mais solarengos que outros, não se percebe, porque não é uma questão de lógica, se ao amor basta apenas o prórpio amor e nada mais.
O amor nasce, cresce e morre entre duas pessoas, nunca nasce, assim como nunca morre sozinho. Nasce num olhar e desenvolve-se num beijo, daí para a frente é vê-lo crescer. Precisa que o deitem na cama e lhe leiam uma história para adormecer porque senão tem pesadelos. De madrugada, há que lhe aconchegar a roupa para se sentir quente e tranquilo, para ter sonhos felizes, uns atrás dos outros e de manhã, com um sorriso que iluminaria todos quanto o vissem, diz 'bom dia!', como se fosse o melhor dia de todos, só porque lhe leram uma história, lhe aconchegaram a roupa e teve sonhos felizes. É destas coisas que vive o amor ou, melhor, também é destas coisas que vive o amor. Porque o amor também se sustenta, também trabalha para que possa disfrutar e ser disfrutado, mas sobretudo, o amor é imenso. Se não existisse o mesmo amor em dois corações não haveria história que o fizesse feliz ou a desnecessidade de o aconchegarem era tão evidente como dispensável. Se não houvesse quem o olhasse e o beijasse, se não houvesse quem o sentisse e não tivesse quem aquecer, provavelmente, desvaneceria lentamente, porque com o amor estabelecem-se laços como se de sangue fossem, daqueles que o tempo quebra a custo e à custa de muita dor.
Se se ama, se se é amado é certo que isso não chega, mas talvez vá bastando. Talvez aquilo que se é seja maior que aquilo que se sente, o que até é normal - antes de amarmos existimos e respiramos. Mas depois, aquilo que somos sem esse amor, quando bate e continua a bater nos dois coração, com forças que não sendo iguais são bastante parecidas, é pouco... A história que lemos ao deitar já não nos faz feliz, nem a ninguém... Daquilo que se diz só se ouve um eco e daquilo que somos há uma parte que nunca está, que ficou noutro lado. E pertence a outra pessoa.
E é por isso, porque duas metades nunca são uma só unidade, uma laranja inteira ou um beijo a par, que as metades voltam e se procuram, porque se completam e complementam. Porque só fazem sentido ali. É aí que percebem que ser-se um é muito melhor que ser-se metade e dão, pela outra metade que lhes falta, a vida. Uma vida, lado a lado."
De Sónia Abrantes
...Para quê dizer algo mais, quando ficou tudo dito...

O filme de ontem à tarde...


Lá fui ver o Munich, um filme que anda a fazer "barulho" por todo o lado, juntamente com o "Brokeback Mountain". Convenço que não era dos filmes que mais me chamou à atençao a quando da sua estreia. Fiquei indiferente a ele quando vi alguns trailers na televisão. No entanto, quando na última vez que fui ao cinema, vi a apresentação do filme e conseguiu captar um pouquinho, mas mesmo um pouquinho da minha atenção. É um filme, em que a maior parte do tempo, mostra a luta interior da personagem principal sobre o qual a forma correcta de agir perante o atentado levado a cabo pelas brigadas "Setembro Negro" em Munique. Como a personagem se coloca na pele dos atletas sequestrados.
Ou seja, muitas partes mortas, que a meu ver, tornam o filme muito parado, com muitos tempos mortos.
A história, neste filme, é contada por um dos lados, os israelitas, os judeus, por Steven Spielberg. Falta o outro lado da história... Não quero com isto dizer que tomo partido em algum dos lados. No entanto, todas as história terão sempre 2 versões... Aqui está uma delas.
Foi um filme, que quando acabou, não me despertou nenhuma sensação ou sentimento. Foi mais um filme que fui ver. Se fosse em casa, provalvemente, nem o teria visto até ao fim...

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

A viagem...

...Manhã. 8h37. Chega o comboio. Encontro-me no meio de uma massa que me arrasta para dentro da carruagem. Como é fria, cinzenta e dura... As caras observam-me com um semblante cerrado. Não tenho como fugir aqueles olhares sonolentos e gélidos, como que a querer-me enfeitiçar.

E então chega o sol das janelas! Estamos na ponte! Com o seu calor, ganho coragem e atrevimento para tentar quebrar o feitiço que quase me colocaram. Tento salvar alguém, sorrindo... Acto inútil! Tento fugir a todo aquele universo sobrio e sonolento. Vejo aquela cidade
à beira rio plantada e o seu reflexo no rio... Como é bela! Como podem todos estar a ignorar aquela visão?!?! Controlo a posição dos monstros. Estão distantes e mantêm-se frios... Como é que conseguem perante tal beleza?!?!Eu agarro-me com todas as minhas forças... e luto e
luto para aproveitar ao máximo aquele poder e aquela energia.

De repente, estou de volta! Que visão demolidora eu obtenho da massa gélida. "Só tenho que aguentar uns minutos", digo para mim mesmo, "... Resiste... Não te deixes abater... Não te deixes levar por...". Descubro em mim a energia que acumulei daquele mundo belo e resisto... resisto!Eis sinto, de novo, a força gélida. A massa está movimentar-se. A luta é intensa. Consegui... estou cá fora! A alegria enche-me, e digo para mim mesmo com satisfação: "Sobrevivi mais um dia!".

...Mais uma viagem de comboio pela manhã. Cheguei a Entrecampos...

terça-feira, fevereiro 07, 2006

O filme de hoje à noite...


DEAD FISH
"Há dias que decididamente começam mal. Quando acorda, Abe, um humilde cortador de chaves, nem pode imaginar o que lhe está quase a acontecer... A namorada vai dizer-lhe que está grávida e vai partir para Madrid e o cobrador Danny vai exigir que Abe lhe pague tudo o que deve no prazo de 24 horas...... E como se isso não fosse suficiente, Abe troca de telemóvel com um assassino, torna-se num alvo a abater e é-lhe dado um contrato para matar... Abe vai ter de aguentar até ao fim do dia, sem ser morto nem matar, ganhar dinheiro suficiente para pagar as dívidas e tentar não perder a mulher que ama."

Vamos a ver o que este filme nos reserva...

O filme da 6ºfeira passada...


THE DARK
"Uma jovem família muda-se para uma remota zona rural. É aí que Adelle terá de enfrentar um sinistro mundo paralelo para salvar a filha, apanhada na teia de um passado maligno, um espelho de imagem distorcida do mundo real. Adelle terá de enfrentar as suas mais profundas inseguranças neste sinistro universo. O que verá ela na escuridão...?"

A ideia do filme está engraçada. Baseia-se nas lendas da mitologia do País de Gales sobre a morte e tudo o que gira em seu redor. Uma das frases do filme espelha bem esse tema: "Um dos vivos por um dos mortos..."
Até aos ultimos 10 minutos, o filme até consegue ser bastante agradável, no entanto a partir daí, torna-se muito confuso e, na minha opinião, perde completamente do o sentido que foi construindo desde o começo. Foi giro, mas não passou disso...

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Nova semana...

Que começa hoje!
Até eu hoje comecei o dia bem disposto, por incrível que pareça a uma 2ºfeira :) ... Talvez tenha influência o facto de a minha cara metade fazer anos hoje. Acho que é o mais provável...
Como já devem ter percebido, durante o fim de semana nunca blogo (?!?!). Isto acontece por passar esse período de tempo com a minha namorada ou então por simples preguiça. É verdade, sofro desse mal ao fim de semana :)
Pois então, cá estamos para preparados para mais uns posts!

Uma boa semana para todos :)

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

A grande notícias de ontem...

Aqui fica uma foto das protagonistas da grande notícia que ontem abalou o país.
Poderá colocar-se a seguinte questão:

Será que o fizeram somente por showoff???


Livros - O Seminário da Selva


Acabei de ler este livro a semana passada.
Nunca tinha lido nada de "Desenvolvimento Pessoal". No entanto, estava bastante ceptico em relação a livros sobre este tema.Devo dizer que me surpreendi bastante, e pela positiva! Toda a mensagem que o autor pretende transmitir é contada através de um seminário na selva, em que os participantes são animais selvagens. As analogias que podemos fazer em relação a um dos animais presente é imediata, ou seja, identificamo-nos com um animal logo no inicio do livro. Todas as ideias que o livro pretende passar são um mais valia para a nossa vida, particular e profissional. Devo confessar que fiquei um fã deste livro e que, se pusermos em prática tudo aquilo que transmite, passamos a ser muitos mais felizes com a nossa vida...

Aqui fica um resumo do livro, que se pode encontrar no site da Pergaminho:"Uma fábula divertida e muito prática que nos apresenta situações e personagens que todos nós reconhecemos com facilidade. A conclusão a que se chega ao longo deste invulgar seminário é relevante para qualquer domínio profissional: apesar das diferenças individuais, cada um de nós tem os seus pontos fortes e deve aprender a reconhecê-los e a desenvolvê-los ao máximo, por forma a dinamizar os aspectos criativos das nossas personalidades. Participe também neste divertido seminário e aprenda a compreender melhor os seus próprios valores, bem como os dos seus colegas e colaboradores, tirando assim todo o partido do seu talento profissional e pessoal."

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Quatro Visões...

Distintas do mesmo local em alturas distintas.
Recebi estas imagens por mail e fiquei encantado... Sem palavras!!!



Coisas que ficam por dizer...

Encontrei recentemente o texto abaixo num site internacional e pude identificar-me com o que o autor do texto passou... Não, a minha amada felizmente não morreu! Identifico-me com a timidez demonstrada, a vontade de querer dizer tanta coisa e simplesmente não sair nada... Com isto, todo um mar de oportunidade de desvanece...
Aqui fica o texto:
Begining
As I sat there in English class, I stared at the girl next to me. She was my so called “best friend”. I stared at her long, silky hair, and wished she was mine. But she didn’t notice me like that, and I knew it. After class, she walked up to me and asked me for the notes she had missed the day before and handed them to her. She said “thanks” and gave me a kiss on the cheek. I wanted to tell her, I want her to know that I don’t want to be just friends, I love her but I’m just too shy, and I don’t know why.
11th Grade
The phone rang. On the other end, it was her. She was in tears, mumbling on and on about how her love had broke her heart. She asked me to come over because she didn’t want to be alone, so I did. As I sat next to her on the sofa, I stared at her soft eyes, wishing she was mine. After 2 hours, one Drew Barrymore movie, and threee bags of chips, she decided to go to sleep. She looked at me, said “thanks” and gave me a kiss on the cheek. I want to tell her, I want her to know that I don’t want to be just friends, I love her but I’m just too shy, and I don’t know why.
Senior Year
The day before prom she walked to my locker. “My date is sick” she said: he’s not going to go well, I didn’t have a date, and in 7th grade, we made a promise that if neither of us had dates, we would go together as “best friends”. So we did. Prom night, after everything was over, I was standing at her front door step. I stared at her as she smiled at me and stared at me with her “sparkling eyes”. I want her to be mine, but she doesn’t think of me like that, and I know it. Then she said, “I had the best time, thanks!” and gave me a kiss on the cheek. I want to tell her, I want her to know that I don’t want to be just friends, I love her but I’m just to shy, and I don’t know why.
Graduation
DayA day passed, then a week, then a month. Before I could blink, it was graduation day. I watched as her perfect body floated like an angel up on stage to get her diploma. I wanted her to be mine, but she didn’t noticed me like that, and I knew it. Before everyone went home, she came to me in her smock and hat, and cried as I hugged her. Then she lifted her head from my shoulder and said, “you’re my best friend, thanks” and gave me a kiss on the cheek. I want to tell her, I want her to know that I don’t want to be just friends, I love her but I’m just to shy, and I don’t know why.
A Few Years Later
Now I sit in the pews of the church. That girl is getting married now. I watched her say ”I do” and drove off her new life, married to another man. I wanted her to be mine, but she didn’t see me like that, and I knew it. But before she drove away, she came to me and said, “you came!” She said “thanks” and kissed me on the cheek. I want to tell her, I want her to know that I don’t want to be just friends, I love her but I’m just to shy, and I don’t know why.
Funeral
Years passed, I looked down at the coffin of a girl who used to be my “best friend”. At the service, they read a diary entry she had wrote in her high school years. This is what it read: I stare at him wishing he was mine, but he doesn’t notice me like that, and I know it. I want to tell him, I want him to know that I don’t want to be just friends, I love him but I’m just too shy, and I..I wish I did too….I thought to myself, and I cried...
Autor desconhecido

O comboio da ponte...

Não tem casa de banho!!! Ora como é que uma pessoa faz, se de repente, no tunel que antecede a ponte,... digamos que..., a vontade aperta? Ainda são cerca de 8 minutos até à próxima estação. Ora se a vontade for daquelas que nem com muita força se consegue contê-la, o que fazer? É uma boa questão para colocar ao pessoal da Fertagus...

PS: O que às vezes me vem à ideia... É com cada coisa!!!

Casamento de Homossexuais...

Sou heterossexual e quero afirmar que o se encontra presente neste post nada mais é que a minha opinião sobre este assunto que está a marcar o dia de hoje...

Duas mulheres, homossexuais, vão hoje tentar casar, pelo registo cívil, num conservatório de Lisboa.Tenho estado a ouvir na TSF, no Forum Aberto, um debate muito interessante e as opiniões dos ouvintes sobre esta matéria. Constato que a grande maioria das pessoas estão contra o casamento entre homossexuais. Os motivos apresentados são, na grande maioria: anti-natura, contra as leis de Deus, uma aberração, o primeiro passo para a adopção de crianças.Os que se encontram a favor sobre este assunto apresentão os seguintes: igualdade de direitos, somos uma sociedade do sec. XXI, o amor entre homossexuais é igual ao amor entre heterossexuais.

Devo dizer que sobre esta matéria encontra-me bastante dividido pois, no fundo, compreendo as argumentos de ambas as partes. Dizemos que somos uma sociedade democrática, que promove a igualdade entre todos...
No entanto, não posso deixar de considerar que (na minha opinião), não deixa de ser anti-natura essa situação.

O que aconteceria se, ao invés de ao longo dos tempos o normal ter sido sempre as relações heterossexuais, as relações homossexuais fossem o padrão das sociedades?
É uma questão de deixo no ar...

Os portugueses...

Hoje o meu dia começou com um grande stress e onde pude comprovaro quanto os portugueses não se preocupam com os outros.Apanho todos os dias o comboio da ponte 25 de Abril.
Como é evidente, este encontra-se todos os dias completamente cheio. Ao entrar na carruagem, tenho sempre o cuidado de verificar se não me encontro completamente em cima de alguém, com a excepção de quando vamos como sardinhas em lata. Aí é impossível, por mais cuidado que se tenha... Por acaso hoje até não foi dos dias piores. No entanto houve um senhor que faz questão de se colocar em cima de mim e de outra pessoa, quando existia espaço suficiente para irmos todos um pouco à vontade. Tentei, por meio de alguns "encostos" dar a entender que não havia necessidade de irmos em cima uns dos outros. Ao que o tal senhor respondeu com uns olhares de lado... Enfim, o stress foi aumentando e o frio que sentia passou a calor, tal era já a raiva de me estava a meter o dito senhor. Quando atingi o ponto de saturação, virei-me para o senhor e pedi-lhe para se afastar um pouco pois não percebia porque é que ia em cima de mim quando a carruagem não tão cheia quanto isso. Este lançou uns grunhidos (deu logo para me aperceber da eduacação deste inegrume) e não se mexeu. Tentei mais uma vez explicar-lhe que, se desse um passo em frente iamos todos muito melhor. Mais uma vez uns grunhidos... Foi então obrigado a dar-lhe um encontrão e dizer-lhe que se volta a ir para o mesmo sitio a coisa não ia ficar por ali, pois já me encontrava farto de toda aquela situação. Depois de muto grunhir o tal senhor foi-se embora para outra carruagem...

Será que as pessoas não têm três dedos de testa para se aperceberem deste tipo de situações?!?!?!
Na minha opinião tal demonstra uma falta de preocuapação para com as outras pessoas. É o típico pensar: "Eu estou bem, então vou c*g*r para os outros... Eles que se amanhem!!!".
Este é um modo de pensar que, na minha opinião está cada vez mais enraízado na sociedade portuguesa e é visível em tudo: no IRS, no trânsito, etc...Enfim é a sociedade em que vivemos. No entanto se todos tentarmos fazer algo, a mudança é possível... Para tal, basta todos, e não só alguns, quererem!

É um desabafo depois de uma viagem de comboio um pouco mais stressante que o normal.